terça-feira, 29 de julho de 2008

Apresentação




No ano de 2008, Érico Vannucci Mendes completaria 64 anos. No ano de 2006, o vigésimo de sua morte, amigos e familiares reviveram seu legado, produto de suas atividades de agente cultural em instituições como o Museu Lasar Segall e a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
Sua visão profundamente humanista levou-o a ser um pioneiro na criação de oficinas culturais, acreditando no potencial político libertador e transformador das artes. Numa época em que a sociedade era vítima do autoritarismo do Estado ditatorial, o grupo formado por Érico, Maurício Segall, Eva Furnari e Hugo Gama desenvolvia no espaço do Museu Lasar Segall um museu vivo, aberto à criatividade dos freqüentadores, onde se respirava liberdade, autenticidade e dignidade.
O Museu era o avesso dos porões da ditadura em que Érico Vannucci Mendes e Maurício Segall haviam passado alguns meses; constituiu-se numa escola em sentido amplo, aberta à comunidade, que chegou a contar com mais de sessenta funcionários e dezenas de milhares de visitantes, reunidos em torno do propósito de romper com a massificação cultural e valorizar a expressão artística de cada pessoa. Esses princípios foram incorporados e ampliados por Érico Vannucci Mendes em seu trabalho na Secretaria Municipal de Cultura.
Àqueles que participam da memória de Érico Vannucci Mendes através do prêmio que leva seu nome, a sua família oferece este memorial eletrônico, para que seu exemplo possa ser difundido e valorizado.


Dirce de Paula e Silva Mendes
(esposa)


Um comentário:

Dina Bry disse...

Cara Dirce,
Visito este blog sempre que penso em meu querido amigo Érico. Vejo em suas fotos de menino o mesmo olhar amigo de sempre. Tanto tempo se passou depois de sua última viagem, mas a lembrança dele permanece,assim como tudo o que com ele aprendi.Ainda tenho o livro "Desobedeça" de Henry Thoureau, que ele me deu, com sua dedicatória. Os anos que trabalhamos juntos no Museu Lasar Segall foram um marco em minha trajetória de vida e militância. Lembro-me de voces e dos seus filhos que eram crianças na época. Creio que o idealismo de Érico,sua inteligência e integridade se reproduzem naqueles que com ele aprenderam que "a vida não é só isso que se vê" é muito mais...
Abraços saudosos,
Aparecida Oliveira (dinabry@hotmail.com)